Novo Jornal

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Folha de Londrina

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Panorama

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Estado de São Paulo

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IstoÉ

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Gazeta Mercantil

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Mas não era só nas redações que ele escrevia. Fora delas, dedicou-se às crônicas e à literatura com o mesmo fervor. Seus livros e textos revelam um olhar atento, sensível, sempre movido pela curiosidade e pela sensibilidade, típicas de um artista.

Formado em Letras pela Universidade Federal de Londrina, Nilson não demorou a trocar a sala de aula pelas agitadas e barulhentas redações da década, uma “doce loucura”, como prefere chamar. Começou como repórter, mas foi assumindo funções abraçadas com grande disposição: editor, chefe de reportagem, pauteiro. Não importava o cargo, desde que estivesse perto da notícia, do texto, da verdade. Essa versatilidade não era apenas técnica, mas também humana. Nilson demonstra a capacidade de ouvir, orientar e construir junto, o que o tornou referência para colegas e equipes.

Formado em Letras pela Universidade Federal de Londrina, Nilson não demorou a trocar a sala de aula pelas agitadas e barulhentas redações da década, uma “doce loucura”, como prefere chamar. Começou como repórter, mas foi assumindo funções abraçadas com grande disposição: editor, chefe de reportagem, pauteiro. Não importava o cargo, desde que estivesse perto da notícia, do texto, da verdade. Essa versatilidade não era apenas técnica, mas também humana. Nilson demonstra a capacidade de ouvir, orientar e construir junto, o que o tornou referência para colegas e equipes.

Nilson é daquelas pessoas que fazem da profissão um verdadeiro mantra: a convicção de que a essência do jornalismo se escreve com seis letras: paixão. Nascido em 1951, no interior de São Paulo, descobriu cedo que gostava mesmo era de contar histórias. Não as dele, mas as dos outros. E fez disso um ofício que atravessou décadas, redações e transformações profundas no jornalismo. Desde os primeiros passos, já demonstrava uma inquietação típica de quem não se contenta com respostas fáceis. Queria entender, investigar, traduzir o mundo em palavras.

Passou por veículos, como Novo Jornal, Folha de Londrina, Panorama, Estado de São Paulo, Gazeta Mercantil, Revista IstoÉ. Trabalhou também em rádio, TV, assessoria e publicidade. Sempre incansável!

Nilson Monteiro

“Eu brinco sempre assim: nunca pedi um diploma para ninguém. […] o jornalista se vê no faro,

no olho, na paixão dele pela profissão.”

“Eu brinco sempre assim: nunca pedi um diploma para ninguém. […] o jornalista se vê no faro,

no olho, na paixão dele pela profissão.”

Nilson Monteiro

Início no Jornalismo
Início no Jornalismo

E pensar que tudo começou a partir da descoberta da diabetes, aos 17 anos, que o forçou a abandonar a sonhada carreira de jogador de futebol.

E pensar que tudo começou a partir da descoberta da diabetes, aos 17 anos, que o forçou a abandonar a sonhada carreira de jogador de futebol.

Nilson desenvolveu sua trajetória principalmente na mídia impressa, embora também tenha passado por rádio e televisão. Seu início se deu em Londrina, no Novo Jornal, um semanário de destaque pela qualidade artística e diagramação criativa. A partir dessa experiência, consolidou-se sua vocação jornalística.

O profissional trabalhou em diversos veículos de comunicação ao longo dos anos. Em Londrina, atuou na Folha de Londrina, jornal de grande alcance no Paraná, reconhecido pela postura crítica durante a ditadura militar e pela inovação editorial. Também integrou a equipe do Panorama, projeto ambicioso idealizado por Paulo Pimentel, que reuniu jornalistas de renome nacional.

Após o encerramento do Panorama, passou por diversos jornais locais, como Bom Domingo, Viver Londrina e Diário Londrina, este último criado em uma vila da cidade, com cobertura diversificada e intensa, como crimes, política, esporte, entre outros temas. Mais tarde, o jornalista trabalhou em São Paulo, nos jornais Movimento, o único de orientação explicitamente de esquerda em sua carreira, e O Estado de S. Paulo (Estadão). Retornou a Londrina para atuar novamente na Folha de Londrina, onde exerceu praticamente todas as funções editoriais.

Sua trajetória culmina na Gazeta Mercantil, veículo em que permaneceu por doze anos, sendo nove deles como chefe da sucursal em Curitiba, consolidando-se como um profissional experiente e respeitado também no jornalismo econômico e empresarial.

Nilson desenvolveu sua trajetória principalmente na mídia impressa, embora também tenha passado por rádio e televisão. Seu início se deu em Londrina, no Novo Jornal, um semanário de destaque pela qualidade artística e diagramação criativa. A partir dessa experiência, consolidou-se sua vocação jornalística.

O profissional trabalhou em diversos veículos de comunicação ao longo dos anos. Em Londrina, atuou na Folha de Londrina, jornal de grande alcance no Paraná, reconhecido pela postura crítica durante a ditadura militar e pela inovação editorial. Também integrou a equipe do Panorama, projeto ambicioso idealizado por Paulo Pimentel, que reuniu jornalistas de renome nacional.

Após o encerramento do Panorama, passou por diversos jornais locais, como Bom Domingo, Viver Londrina e Diário Londrina, este último criado em uma vila da cidade, com cobertura diversificada e intensa, como crimes, política, esporte, entre outros temas. Mais tarde, o jornalista trabalhou em São Paulo, nos jornais Movimento, o único de orientação explicitamente de esquerda em sua carreira, e O Estado de S. Paulo (Estadão). Retornou a Londrina para atuar novamente na Folha de Londrina, onde exerceu praticamente todas as funções editoriais.

Sua trajetória culmina na Gazeta Mercantil, veículo em que permaneceu por doze anos, sendo nove deles como chefe da sucursal em Curitiba, consolidando-se como um profissional experiente e respeitado também no jornalismo econômico e empresarial.

Reportagens marcantes

Percebendo desde cedo que não poderia “fazer mais do mesmo”, Nilson decidiu inovar no formato dos textos. No período em que realizava coberturas esportivas, pela Folha de Londrina, foi escalado para cobrir um jogo entre Londrina e União Bandeirante. Ali, refletiu sobre a limitação da linguagem tradicional utilizada nesse tipo de texto e optou por adotar uma abordagem criativa: escreveu a matéria em forma de cordel.

Pelo Estadão, foi cobrir a Bienal Internacional do Livro e, novamente, seu olhar atento e apurado não deixou escapar um fato no mínimo curioso: o número elevado de roubos de livro no evento. Decidiu transformar em notícia o improvável.

E como não se emocionar com o relato de quando entrevistou o grande Poty Lazzarotto? Aqui podemos reafirmar quanto o jornalismo depende não só da técnica, mas também de muita sensibilidade.

O jornalismo, em seus melhores momentos, toca o território da poesia. Há nele algo de encantamento, uma ponte entre o real e o sonho. Quando a neve caiu sobre o Paraná, em 1975, não era apenas o frio que tomava conta do cenário, mas também o espanto, e o medo diante do inesperado.

E o jornalista, com seus olhos atentos, percebeu que aquele fenômeno carregava histórias maiores do que os flocos que caíam do céu: a mudança da economia, a transformação da paisagem, o fim de uma era voltada ao intenso cultivo do café. Nesses instantes raros, o jornalismo se faz arte, traduz o extraordinário da vida com a sensibilidade de quem entende que noticiar também é sonhar. Porque, às vezes, contar a realidade é uma forma de tocar o mistério do mundo.

Na mistura de audácia e respeito foi se forjando como repórter. Cada obstáculo se transformou em combustível: a impossibilidade virou plano, o “não” virou mobilização, o medo virou foco. Com a teimosia de quem tinha pouca experiência e muita coragem, em 1979, comprou uma passagem, organizou o pouco dinheiro que tinha e foi para João Pessoa acompanhar o retorno ao Brasil do exilado Luis Carlos Prestes.

“Onde eu trabalhei não tinha silêncio, porque eu berrava mais. Se ficasse em silêncio era porque eu tava doente. Berrava com o subchefe, berrava com os repórteres e todo mundo berrava comigo também, era pau quebrando.”

Nilson Monteiro

Ambiente nas redações

O hoje imortal da Academia Paranaense de Letras se orgulha de todos os lugares por onde passou, jamais negando os intensos embates que travou, as boas discussões e o zelo pelo profissionalismo.

Nilson não tibubeia ao afirmar que as redações jornalísticas de antigamente eram verdadeiras escolas de formação profissional e humana. Nelas, aprendia-se o ofício na prática, observando e convivendo com jornalistas experientes, que transmitiam valores como rigor na apuração, compromisso com a verdade e respeito à ética da informação. O ritmo era intenso, e o aprendizado vinha tanto dos acertos quanto dos erros, sempre sob o olhar atento dos editores.

Não havia a facilidade tecnológica de hoje. O trabalho era manual, a escrita era revisada diversas vezes, e a checagem exigia persistência e contato direto com as fontes. Mais do que um ambiente de trabalho, as redações eram espaços de troca, debate e paixão pelo jornalismo, onde se aprendia que a notícia era um serviço público e que o repórter tinha uma responsabilidade social diante da história que ajudava a contar.

Há algo de profundamente poético nesse amor pelo jornal impresso, por aquele instante em que as primeiras folhas saem da impressora e o cheiro da tinta se mistura ao som metálico das máquinas. Era ali que nascia o resultado de noites em claro, de discussões acaloradas, de risadas e de uma paixão incondicional pela notícia.

O papel manchado de tinta não era apenas um produto, mas um símbolo de entrega, de verdade, de ofício. Para quem viveu isso, o jornal não era um trabalho, mas uma extensão da alma. Sentir o cheiro do jornal recém impresso era, de certo modo, confirmar que o esforço valera a pena. Porque, no fim das contas, ser jornalista é isso: carregar no sangue o som das rotativas e o perfume sagrado da tinta que eterniza as palavras.

FALTA PEGAR MIS UMA CITAÇÃO DO NILSON!!!!

Nilson Monteiro

Inspirações no Jornalismo

No jornalismo, o aprendizado não cabe apenas nas salas de aula, mas pulsa nas redações, nas conversas apressadas entre pautas e nas correções ditas com firmeza e afeto. Aprende-se com os grandes editores, com os colegas de reportagem, com a pessoa responsável pelo cafezinho, com todos que acompanham seu trabalho. Porque o jornalismo é, acima de tudo, uma escola da escuta.

É a arte de reconhecer que cada pessoa tem algo a ensinar, que toda crítica é um convite a crescer e que a humildade é a primeira virtude do repórter. No fim, o jornalista que aprende com todos carrega dentro de si uma redação inteira, feita de vozes, de gestos e de lições que o tornam mais sensível, mais humano e, por isso mesmo, mais verdadeiro no que escreve.

No jornalismo, o aprendizado não cabe apenas nas salas de aula, mas pulsa nas redações, nas conversas apressadas entre pautas e nas correções ditas com firmeza e afeto. Aprende-se com os grandes editores, com os colegas de reportagem, com a pessoa responsável pelo cafezinho, com todos que acompanham seu trabalho. Porque o jornalismo é, acima de tudo, uma escola da escuta.

É a arte de reconhecer que cada pessoa tem algo a ensinar, que toda crítica é um convite a crescer e que a humildade é a primeira virtude do repórter. No fim, o jornalista que aprende com todos carrega dentro de si uma redação inteira, feita de vozes, de gestos e de lições que o tornam mais sensível, mais humano e, por isso mesmo, mais verdadeiro no que escreve.

Como ser lembrado pela posteridade?

Como ser lembrado pela posteridade?

Ter o trabalho jornalístico lembrado pela posteridade é mais do que uma questão de reconhecimento individual. É a garantia de que a verdade, o compromisso ético e a coragem de informar não se perdem com o tempo. Quando o jornalismo é preservado, preserva-se também a história das pessoas, dos lugares e das lutas que moldaram a sociedade.

Ser lembrado, nesse ofício, é saber que o esforço de buscar a notícia, de registrar o presente e de questionar o poder deixou marcas que continuam a inspirar novas gerações de jornalistas a exercer seu trabalho com a mesma paixão e responsabilidade.

Modéstia à parte, poucos podem dizer que entrevistaram os craques Sócrates, Walter Casagrande e Wladimir Rodrigues dos Santos entre um gole e outro, compartilhando boas conversas e histórias.

Contudo, entre tantas histórias e reportagens, há uma que toca mais intimamente nosso jornalista.

Futuro do Jornalismo

Diante de tantos ensinamentos, fica claro que o bom jornalismo é um exercício de continuidade e resiliência. Uma construção que exige tempo, dedicação e, acima de tudo, humildade para aprender a cada nova história contada.

A trajetória de Nilson Monteiro revela mais do que uma carreira bem-sucedida. Ela traduz uma filosofia de vida. Para ele, o jornalismo nunca foi apenas um ofício, mas uma extensão natural de sua curiosidade, inquietação e amor pelas palavras. Em cada texto, entrevista ou reportagem, deixava transparecer a crença de que o bom jornalista é aquele que observa o mundo com sensibilidade e o traduz com verdade e beleza.

Sua caminhada, marcada pela coragem de inovar e pela recusa em se acomodar, mostra que a paixão é, de fato, o combustível essencial dessa profissão. Nilson segue, assim, como exemplo de que o jornalismo feito com entrega, ética e emoção continua sendo uma das formas mais autênticas de narrar a vida.

“Em toda a minha vida como jornalista, eu nunca escrevi a primeira láuda sem rasgar. Eu sempre achei que dava para fazer melhor. E sabe por quê? Porque eu era apaixonado por aquilo aí… Eu sempre falei: ‘Porra, dá para fazer melhor’. Então, isso tudo me levou, tanto no jornalismo esportivo como no político, principalmente na área cultural, a formas novas.”

“Em toda a minha vida como jornalista, eu nunca escrevi a primeira láuda sem rasgar. Eu sempre achei que dava para fazer melhor. E sabe por quê? Porque eu era apaixonado por aquilo aí… Eu sempre falei: ‘Porra, dá para fazer melhor’. Então, isso tudo me levou, tanto no jornalismo esportivo como no político, principalmente na área cultural, a formas novas.”

Nilson Monteiro

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