

Adélia Maria Lopes
A trajetória da jornalista teve início ainda na infância, marcada por curiosidade e interesse em compreender a realidade ao seu redor. Desde cedo, ela foi inspirada pelo exemplo de coragem e determinação de sua mãe, que sempre demonstrou diante dos desafios. Essa influência que Adélia encontrou dentro de casa despertou nela o desejo de comunicar, compartilhar e levar informação às pessoas.
Anos mais tarde, a jovem vinda do Pantanal, ainda registrada como Adélia Lopes Salamene, chegava a Curitiba para dar início à sua promissora carreira no jornalismo.

Adélia Maria Lopes
Os primeiros passos na carreira foram asas que a permitiram alçar novos voos. Após uma demissão, ingressou na Tribuna e no Estado do Paraná, vivenciando ali aquilo que mais tarde reconheceria como a verdadeira escola do jornalismo.
A coragem de Adélia se revela na forma como se mantém autêntica e fiel aos próprios sentimentos, mesmo diante das pressões e exigências da profissão. Ela não disfarça o medo, a ansiedade ou a adrenalina que acompanha seu trabalho; ao contrário, reconhece-os como parte de sua experiência e de seu crescimento.
Uma coleção de fotos com momentos que contam histórias da sua carreira além das palavras.
Ter memória no jornalismo é carregar não apenas lembranças, mas ser guardiã das transformações da sociedade e das próprias formas de narrar o mundo. Para uma jornalista com mais de cinquenta anos de carreira, a memória torna-se um território de sabedoria e resistência: ela preserva o que o tempo tenta apagar e oferece ao presente a perspectiva do vivido.
Lembrar é, nesse sentido, também um ato político; um gesto de compromisso com a verdade, com a história e com o ofício que continua a pulsar, mesmo diante das mudanças tecnológicas e das novas linguagens que o jornalismo abriga.
Por outro lado, escolher as matérias mais importantes de uma longa trajetória jornalística é tarefa quase impossível para quem viveu o ofício com entrega total. Quando a dedicação se torna modo de vida, cada reportagem carrega um sentido próprio: uma descoberta, um desafio, um momento em que o jornalismo cumpriu sua missão de iluminar o real.
As histórias se confundem com a própria trajetória de quem as escreveu, formando um mosaico de experiências que vai muito além das páginas publicadas. A dificuldade de escolher, então, é também um sinal de plenitude: prova de alguém que não mediu esforços, que viveu cada pauta como se fosse a mais essencial, e que, em cada uma delas, deixou um fragmento de si e do tempo que ajudou a narrar.
Em meio a tantas publicações, sobressaem entrevistas que revelam histórias e perspectivas de artistas que deixaram marcas profundas na cultura. São nomes do Brasil e do mundo, cuja obra ultrapassa gerações e ajudou a moldar a identidade artística brasileira. Essas conversas não apenas documentam trajetórias, mas também revelam como a arte se entrelaça com a sociedade, consolidando referências que permanecem vivas até hoje.
O relato a seguir retrata a força e a coragem que movem o jornalismo genuíno: uma prática que questiona, investiga e vai além do óbvio, mesmo quando insistir nesse caminho significa enfrentar riscos.
A redação é o coração pulsante do jornalismo, o espaço onde o caos do mundo se transforma em sentido, onde a informação ganha forma, ética e voz. Para o jornalista, ela é mais do que um local de trabalho: é escola, refúgio e campo de batalha. É ali que se aprendem os gestos da profissão, a escuta atenta, o rigor da apuração, o respeito pela palavra.
Ao ser questionada sobre qual redação faz o coração bater mais forte, a resposta surge imediata, como quem relembra um amor antigo.
Apesar do tempo e da intensidade com que atuou nos veículos do Grupo Paulo Pimentel (GPP), que foi um importante conglomerado de mídia no Paraná, Adélia mantém uma convicção que atravessa sua trajetória.

Adélia Maria Lopes
Adélia construiu uma trajetória marcada pelo engajamento durante períodos desafiadores e pela atenção aos que muitas vezes ficam à margem. Com mais de 50 anos de atuação, ela reconhece que sua história ainda está sendo escrita. Por isso, mais do que títulos ou conquistas, deseja ser lembrada pelo impacto humano de sua dedicação à sensibilidade, à escuta e ao compromisso com aqueles que mais necessitam.
A mensagem transmitida às futuras gerações de jornalistas combina ensinamento e inspiração, revelando o compromisso de uma profissional que persegue a excelência em cada passo do ofício.
Ainda assim, não deixa de semear palavras que inspiram coragem e motivação.

Adélia Maria Lopes










































