Celso Nascimento

Celso Nascimento

BIOGRAFIA

Celso Nascimento demonstra uma relação quase instintiva com o jornalismo. Uma vocação que considera anteceder o próprio diploma: “Eu acho que sou jornalista desde a infância quase”. Ao lembrar o início de sua trajetória, ele mostra que o ofício foi se consolidando naturalmente, como extensão de uma olhar atento que o acompanhava desde criança. A experiência precoce na redação não apenas confirmou sua escolha, mas marcou o início de uma vida dedicada a compreender e narrar o mundo, com o rigor e a sensibilidade próprios de quem nasceu para contar histórias reais.


Formado, em 1966, pela primeira turma do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Paraná, a rotina familiar, marcada pelo hábito de ler jornais e acompanhar as notícias, despertou a curiosidade e o interesse pelo mundo ao seu redor: “Meu pai era um leitor voraz de jornal, e sempre assinava pelo menos dois jornais. Lia muito e eu era encarregado, quando criança, de ir no correio pegar o jornal e levar para casa. Eu era o primeiro a ler. Então, eu tinha tinha essa vivência e esse gosto por jornal.”


Construiu praticamente toda a sua carreira na Gazeta do Povo. Exemplo raro de fidelidade e dedicação a um mesmo veículo de comunicação, consolidou uma relação de pertencimento e compromisso com o jornal e com o público que o acompanhava. Sua trajetória se confunde com a própria história da Gazeta do Povo. Ao longo de décadas, acompanhou as transformações do jornal, suas mudanças editoriais, tecnológicas e de linguagem, enquanto também consolidava sua própria identidade profissional. Cresceu junto com o veículo, contribuindo para sua credibilidade e relevância, ao mesmo tempo em que o jornal moldava seu olhar e sua forma de narrar a realidade. Essa relação contínua evidencia como a história de um profissional pode se entrelaçar à de uma instituição, num percurso de aprendizado e contribuição mútua.


Durante toda a sua carreira trabalhou "apenas" em dois veículos de comunicação: a Gazeta do Povo e o jornal Voz do Paraná. Essa permanência revela não apenas sua dedicação e compromisso com o jornalismo, mas também a profundidade das contribuições que deixou em cada redação.

Gazeta do Povo

Voz do Paraná

BIOGRAFIA

BIOGRAFIA

Celso Nascimento demonstra uma relação quase instintiva com o jornalismo. Uma vocação que considera anteceder o próprio diploma: “Eu acho que sou jornalista desde a infância quase”. Ao lembrar o início de sua trajetória, ele mostra que o ofício foi se consolidando naturalmente, como extensão de uma olhar atento que o acompanhava desde criança. A experiência precoce na redação não apenas confirmou sua escolha, mas marcou o início de uma vida dedicada a compreender e narrar o mundo, com o rigor e a sensibilidade próprios de quem nasceu para contar histórias reais.


Formado, em 1966, pela primeira turma do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Paraná, a rotina familiar, marcada pelo hábito de ler jornais e acompanhar as notícias, despertou a curiosidade e o interesse pelo mundo ao seu redor: “Meu pai era um leitor voraz de jornal, e sempre assinava pelo menos dois jornais. Lia muito e eu era encarregado, quando criança, de ir no correio pegar o jornal e levar para casa. Eu era o primeiro a ler. Então, eu tinha tinha essa vivência e esse gosto por jornal.”


Construiu praticamente toda a sua carreira na Gazeta do Povo. Exemplo raro de fidelidade e dedicação a um mesmo veículo de comunicação, consolidou uma relação de pertencimento e compromisso com o jornal e com o público que o acompanhava. Sua trajetória se confunde com a própria história da Gazeta do Povo. Ao longo de décadas, acompanhou as transformações do jornal, suas mudanças editoriais, tecnológicas e de linguagem, enquanto também consolidava sua própria identidade profissional. Cresceu junto com o veículo, contribuindo para sua credibilidade e relevância, ao mesmo tempo em que o jornal moldava seu olhar e sua forma de narrar a realidade. Essa relação contínua evidencia como a história de um profissional pode se entrelaçar à de uma instituição, num percurso de aprendizado e contribuição mútua.


Durante toda a sua carreira trabalhou "apenas" em dois veículos de comunicação: a Gazeta do Povo e o jornal Voz do Paraná. Essa permanência revela não apenas sua dedicação e compromisso com o jornalismo, mas também a profundidade das contribuições que deixou em cada redação.

Gazeta do Povo

Voz do Paraná

“Eu, desde o ginásio, e depois no curso científico, que era como se designava aqui no Estadual,

sempre fiz o jornal da classe. Então, eu tinha uma vocação, digamos, que eu não entendia bem se

era vocação ou não, mas eu sempre mantive algum jornal de classe”

“Eu, desde o ginásio, e depois no curso científico, que era como se designava aqui no Estadual,

sempre fiz o jornal da classe. Então, eu tinha uma vocação, digamos, que eu não entendia bem se

era vocação ou não, mas eu sempre mantive algum jornal de classe”.

Celso Nascimento

Início no Jornalismo

Início no Jornalismo

Contrariando o desejo do próprio pai, para Celso ser jornalista não era apenas uma escolha, mas um chamado. Era a voz da sua essência, impossível de silenciar.

Entre uma e outra fila para a inscrição no vestibular, seu destino apontava mesmo para o jornalismo. Cada passo parecia confirmar que não havia outro caminho.

Celso construiu uma carreira marcada pela diversidade de experiências dentro do jornalismo, transitando entre atividades de repórter, chefia e colunista. Sua trajetória demonstra não apenas capacidade de adaptação, mas também um conhecimento profundo de diferentes formatos e dinâmicas do jornalismo.

E como foi atuar como colunista de política? Trabalhar nesta função, em um jornal de grande repercussão, exige apuração rigorosa, capacidade analítica e responsabilidade editorial. Nesse papel, o jornalista não apenas informa, mas interpreta e contextualiza os acontecimentos políticos, oferecendo ao público um olhar crítico sobre decisões e tendências que impactam a sociedade. É uma posição de visibilidade e influência, que demanda equilíbrio entre opinião e fato, consolidando a credibilidade tanto do profissional quanto do veículo em que atua.

E como foi atuar como colunista de política? Trabalhar nesta função, em um jornal de grande repercussão, exige apuração rigorosa, capacidade analítica e responsabilidade editorial. Nesse papel, o jornalista não apenas informa, mas interpreta e contextualiza os acontecimentos políticos, oferecendo ao público um olhar crítico sobre decisões e tendências que impactam a sociedade. É uma posição de visibilidade e influência, que demanda equilíbrio entre opinião e fato, consolidando a credibilidade tanto do profissional quanto do veículo em que atua.

O que o editor-chefe sempre esperava da sua equipe de jornalismo?

Ser editor-chefe é lidar diariamente com a responsabilidade de decidir o que será notícia e como será contada. Exige equilíbrio entre urgência e precisão, liderança e escuta, além da constante pressão por qualidade e credibilidade. É um papel que demanda tanto técnica quanto sensibilidade.

Ser um chefe exigente com a excelência do trabalho significa compreender que cada detalhe importa e que a busca pela qualidade é uma forma de respeito: ao público, à equipe e à própria profissão. Essa postura não se confunde com autoritarismo, mas reflete o compromisso com padrões elevados e com o aperfeiçoamento contínuo. Sua exigência, portanto, não é obstáculo, mas estímulo: um chamado à responsabilidade e ao orgulho de fazer bem feito.

Memórias

Memórias

Uma coleção de fotos com momentos que contam histórias da sua carreira além das palavras.

“Eu nunca tive essa visão romântica:

‘Ah, o jornalista da Gazeta não tem liberdade’. Em nenhum jornal do mundo o repórter têm

liberdade. A liberdade é sempre do dono; é sempre de quem paga. Não adianta, tem uma visão

racional sobre isso, o resto é romântico”

“Eu nunca tive essa visão romântica:

‘Ah, o jornalista da Gazeta não tem liberdade’. Em nenhum jornal do mundo o repórter têm

liberdade. A liberdade é sempre do dono; é sempre de quem paga. Não adianta, tem uma visão

racional sobre isso, o resto é romântico”

Celso Nascimento

Reportagens marcantes

Reportagens marcantes

Embora tenha dedicado grande parte da carreira às funções de chefia, o jornalista deixou sua marca também nas reportagens que escreveu. Cada texto carregava a precisão e a sensibilidade de quem conhece profundamente o ofício e compreende o impacto da notícia.

Ambiente das redações

Ambiente das redações

O relato a seguir resgata uma época em que o jornalismo era exercido em condições modestas, mas com profundo senso de missão. A descrição da pequena redação, das rotinas intensas e dos recursos técnicos limitados mostra um tempo em que a notícia dependia quase exclusivamente do esforço humano.

Esse relato retrata como o tipo de jornalismo que se exercia na década de 60, sobretudo no estado do Paraná.

Na época da ditudura, o controle sobre a informação limitava o papel do jornalismo e impunha aos repórteres o desafio de informar sob vigilância.

Celso faz questão de apresentar a trajetória de crescimento da Gazeta do Povo, que se transformou em um grande grupo empresarial de comunicação no Paraná, formando a RPC. O sucesso desse conglomerado é atribuído à visão empresarial de seu proprietário, Francisco Cunha Pereira Filho, que adotava uma postura conciliadora e pragmática: evitar conflitos políticos e “não cutucar onça com vara curta” era parte de sua estratégia para garantir estabilidade e oportunidades de expansão. Essa postura levou à percepção de que a Gazeta era um “jornal chapa-branca”, sem posicionamento crítico e sujeito à uma autolimitação estratégica, orientada pela lógica empresarial.

Ao ser questionado se sua forma de fazer jornalismo foi moldada por essa lógica, ele responde da seguinte maneira:

“Então, [a redação] é o chão de fábrica, a carpintaria do jornal. Eu sempre fiz,

sempre gostei de fazer a carpintaria.

“Então, [a redação] é o chão de fábrica, a carpintaria do jornal. Eu sempre fiz,

sempre gostei de fazer a carpintaria".

Celso Nascimento

INSPIRAÇÕES NO JORNALISMO

INSPIRAÇÕES NO JORNALISMO

O jornalista sempre demonstrou profunda admiração por aquele que lhe abriu as portas e acreditou em seu potencial. Reconhece que muitas das oportunidades decisivas de sua carreira vieram da confiança depositada por esse líder, cuja visão e generosidade marcaram a história do jornal e de quem nele trabalhou. A relação entre ambos foi construída sobre respeito e reconhecimento mútuos: o de um profissional dedicado e o de um empresário que soube enxergar talento e comprometimento. É assim que se recorda de Francisco Cunha Pereira Filho.

O jornalista sempre demonstrou profunda admiração por aquele que lhe abriu as portas e acreditou em seu potencial. Reconhece que muitas das oportunidades decisivas de sua carreira vieram da confiança depositada por esse líder, cuja visão e generosidade marcaram a história do jornal e de quem nele trabalhou.

A relação entre ambos foi construída sobre respeito e reconhecimento mútuos: o de um profissional dedicado e o de um empresário que soube enxergar talento e comprometimento. É assim que se recorda de Francisco Cunha Pereira Filho.

como ser lembrado pela posteridade?

como ser lembrado pela posteridade?

A memória de Celso e do grande jornalista que foi se constrói entre a firmeza e a inspiração: a de alguém que cobrava muito porque acreditava no potencial de sua equipe e na importância de fazer jornalismo com excelência e responsabilidade.

FUTURO DO JORNALISMO

FUTURO DO JORNALISMO

A experiência acumulada permite compreender os bastidores do poder na imprensa e o impacto que cada decisão editorial pode ter sobre a sociedade, mostrando que dirigir é também educar, formar olhares críticos e preservar o compromisso com a verdade, mesmo diante das pressões editoriais, políticas e econômicas que marcam a profissão.

A trajetória de Celso Nascimento revela a essência de um jornalismo comprometido com o ofício e com o rigor que o sustenta. “Chefe chão de fábrica”, como se autodefine, ele representa uma geração de profissionais que fizeram da redação o espaço da prática e da aprendizagem contínua. Sua visão pragmática sobre a liberdade de imprensa - entendendo-a como uma condição sempre vinculada às estruturas de poder e propriedade - reflete a lucidez de quem conheceu o jornalismo por dentro, sem ilusões.

Exigente, mas profundamente ético, Celso sempre acreditou que a excelência é uma forma de respeito ao público e à profissão. Seu legado não está apenas nas páginas que escreveu ou nas equipes que liderou, mas na lição de que o bom jornalismo nasce do trabalho minucioso, da responsabilidade cotidiana e da convicção de que contar a verdade, com precisão e consciência, é o maior serviço que se pode prestar à sociedade.

“Eu gostei de escrever também, muito. Eu escrevi os

editoriais de jornal. A coisa mais difícil do mundo é você fazer editorial da Gazeta do Povo”

“Eu gostei de escrever também, muito. Eu escrevi os

editoriais de jornal. A coisa mais difícil do mundo é você fazer editorial da Gazeta do Povo”.

Celso Nascimento

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