

Adherbal Fortes de Sá Jr.
Entre as leis não escritas da vida, Adherbal aprendeu uma que o acompanharia para sempre: a importância das conexões humanas e das oportunidades que nascem delas. Do ambiente burocrático de um cargo público à pulsante rotina das redações, percebeu, desde muito cedo, que escrever seria essencial para alcançar sua realização pessoal.
A passagem pelo jornal Última Hora, de Samuel Wainer, marcou um período de intenso aprendizado e de afirmação do papel social do jornalismo. Trabalhar em um veículo que desafiava as estruturas de poder e defendia a liberdade de expressão significava, naquele contexto, mais do que exercer uma profissão. Era um ato de coragem e convicção. Além do mais, a redação de Curitiba reunia nomes de profissionais talentosos, inquietos e comprometidos com a notícia.
Lembra ainda da época em que ocupou cargos de chefia, marcado por grandes responsabilidades e decisões estratégicas que moldaram sua trajetória profissional.
Uma coleção de fotos com momentos que contam histórias da sua carreira além das palavras.

Adherbal Fortes de Sá Jr.
A trajetória de Adherbal revela a versatilidade de um jornalista capaz de transitar por diferentes temas com a mesma curiosidade e rigor. Essa amplitude de experiências lhe rendeu não apenas reconhecimento profissional, mas também um repertório vasto de boas histórias, fruto de quem viveu intensamente as transformações do jornalismo e soube enxergar relevância tanto nos grandes acontecimentos quanto nos detalhes do cotidiano.
Lembra com profundo reconhecimento o papel transformador de Samuel Wainer, cuja atuação revolucionou as redações, introduzindo práticas inovadoras e uma visão moderna do jornalismo. Para ele, essas mudanças não foram apenas ajustes, mas verdadeiras revoluções que redefiniram a forma de produzir e pensar a notícia, marcando um novo capítulo na história da comunicação.
Adherbal reflete sobre como foi testemunhar a transformação do jornalismo, marcada pela chegada de uma lógica mais empresarial, mercadológica e pelo radicalismo político. Para ele, esse movimento significou assistir ao fim de uma era, um tempo em que os valores tradicionais da profissão começaram a dar lugar a novas prioridades e interesses.

Adherbal Fortes de Sá Jr.
Para Adherbal, Samuel Wainer se destacava não apenas como jornalista, mas também como uma figura política de visão ampla e profunda. Admirado por seu patriotismo, compreendia as fragilidades e os desafios do Brasil e soube transformar essa consciência em ação concreta. Sua influência ultrapassou gerações e deixou um legado que vai muito além das redações, marcando a história do jornalismo.
Ao ser questionado sobre como gostaria de ser lembrado pela posteridade, destacou uma reportagem cuja repercussão social ultrapassou as páginas do jornal, mostrando que, para ele, o verdadeiro legado do jornalismo está em provocar mudanças e dar visibilidade às causas que impactam a vida das pessoas.
Mais que uma mensagem aos futuros jornalistas, Adherbal direciona seu olhar para o futuro do jornalismo. Para ele, a redação é o lugar onde o jornal se tornava vivo e onde a notícia ganhava sentido humano. Por isso, vê com tristeza o esvaziamento das redações, o que representava não apenas a perda de um espaço físico, mas o enfraquecimento do próprio pensamento crítico do jornalismo.

Adherbal Fortes de Sá Jr.



































