

“Realmente, o jornalismo tem esse impacto na realidade e esse impacto momentâneo, capaz de
transformar a realidade de uma maneira até bem rápida”
Elza Oliveira Filha
No início de sua trajetória, Elza Oliveira Filha deu os primeiros passos com a curiosidade e a dedicação que sempre a acompanharam. Ainda estudante, mergulhou nas rotinas das redações, aprendendo com a prática o ritmo e a responsabilidade do ofício. Cada pauta, cada texto e cada correção se tornaram parte de uma formação que ia muito além da universidade.
O ingresso de Elza na sucursal do Estadão em Curitiba foi fruto do brilho intelectual e da inquietude acadêmica que, desde cedo, já marcavam sua trajetória.
Após sua experiência no Estadão, Elza Oliveira Filha foi contratada para integrar a equipe da sucursal curitibana do jornal O Globo.
Uma coleção de fotos com momentos que contam histórias da sua carreira além das palavras.

Elza Oliveira Filha

Elza Oliveira Filha
Elza relembra que as redações tinham uma energia única. O som das máquinas de escrever e dos teletipos preenchia o espaço, criando um cenário singular. Apesar da correria, havia proximidade entre os colegas, marcada por conversas, colaboração e um espírito de companheirismo que definia aquele tempo.
Vivenciado o exercício jornalístico em diferentes redações, Elza relata um pouco mais como eram esses ambientes.
Nos bastidores das redações, onde o aprendizado se misturava à pressa das pautas e ao entusiasmo de quem estava começando, viveu uma experiência marcante e inusitada sobre relações de poder e autoria no jornalismo. Ainda no início da carreira, ela descobriu que matérias suas e de colegas eram enviadas para o Estado de São Paulo sem crédito ou reconhecimento.
Reconhecer as inspirações que marcaram o início de uma trajetória é também revisitar os alicerces de uma vocação. Na caminhada de quem escolhe o jornalismo, há sempre vozes e exemplos que moldam o olhar, que ensinam o rigor da apuração e o respeito pela palavra. Inspirar-se em figuras que cruzaram fronteiras, desafiaram contextos e deram novos sentidos à profissão é reconhecer que o ofício se constrói também em diálogo.
Ao longo da carreira, a jornalista construiu um legado que vai além das páginas dos jornais. Suas reportagens, muitas delas marcadas por forte relevância social, revelam não apenas fatos, mas o olhar sensível de quem entende o jornalismo como serviço público. Ser lembrada, para ela, não é questão de vaidade, mas de ter contribuído para iluminar histórias, provocar reflexões e dar voz a quem, tantas vezes, é silenciado.
Hoje, ao olhar para as novas gerações, ela reafirma que o jornalismo segue indispensável. Não se trata de prestígio ou riqueza, mas de um compromisso ético que atravessa o tempo: compreender a realidade, revelar verdades e contribuir para transformações sociais. Para ela, a essência da profissão está na responsabilidade de informar com rigor e sensibilidade. É essa missão que continua a dar sentido à prática jornalística, mesmo diante das mudanças tecnológicas e dos desafios atuais.

Elza Oliveira Filha




































