

Walter Schmidt
A escolha de pelo jornalismo nasceu de um encantamento genuíno com o universo das palavras impressas e com o poder da informação.
A carreira de Walter Schmidt é marcada por uma trajetória extensa e diversificada, que reflete sua dedicação contínua ao jornalismo paranaense.
Uma coleção de fotos com momentos que contam histórias da sua carreira além das palavras.

“Eu sempre gostei de jornalismo e achava que fazer jornal fazia parte da minha pessoa”
Walter Schmidt
Recordar suas reportagens é, para Walter Schmidt, mais do que revisitar o passado; é reafirmar o valor de um jornalismo feito com rigor, curiosidade e presença nas ruas. Suas lembranças preservam a essência de uma profissão que se transformou, mas cuja missão continua a mesma: compreender e contar o mundo com verdade e sensibilidade.
Em uma de suas reportagens mais sensíveis, voltou o olhar para o passado ao revisitar o antigo território federal do Iguaçu.
Walter recorda com carinho a entrevista que fez com o “vampiro de Curitiba”.
As redações daquele tempo eram verdadeiras escolas de vida. Todos que nelas habitavam eram movidos pela curiosidade e pelo desejo de contar o mundo. Era ali, entre o barulho das teclas e as conversas de fim de expediente, que se formavam os jornalistas de verdade: os que viviam a rua, apuravam com rigor e acompanhavam o fechamento do jornal como quem participa de um ritual.
As redações passaram por uma transformação profunda ao longo dos anos. Ainda assim, aquela antiga vibração, pelo furo, pela apuração precisa e pelo zelo com a edição, permanece como memória de um tempo em que o jornalismo era vivido intensamente, na rua e na redação, e cada notícia era uma conquista compartilhada.
O jornalista lembra com humor a passagem pela Folha de Curitiba, jornal dirigido por Bento Chimelli, uma figura folclórica da imprensa local e também ligada ao Diário do Paraná.
Havia um tempo em que o jornal era o coração pulsante da cidade. Uma era em que o jornal impresso era mais do que um produto: era um elo entre as pessoas e o mundo. Fazer jornalismo significava participar ativamente da vida da cidade, influenciar seu ritmo e registrar sua memória cotidiana.
E como eram as redações no período da ditadura militar? Walter conta com detalhes sua experiência, revelando um ambiente marcado por censura, tensão e criatividade para driblar o silêncio imposto pelo regime.

Walter Schmidt
Um jornalista como Walter Schmidt tem muitos motivos para ser lembrado e celebrado pela posteridade. Ainda assim, seu jeito calmo e sereno revela a humildade de quem reconhece, com alegria, ter contribuído para o crescimento pessoal e profissional de tantos colegas ao longo do caminho.
O que um grande jornalista como Walter Schmidt tem a dizer às novas gerações que chegam à profissão, e às que ainda virão?
A trajetória de Walter Schmidt é um testemunho vivo de um tempo em que o jornal impresso era mais do que um meio, mas uma forma de existência. Sua ligação afetiva com o papel, com a rotina das redações e com o fazer jornalístico traduz a devoção de quem via no jornal o espaço privilegiado para compreender e narrar o mundo.
Ao recordar as caminhadas feitas para economizar o dinheiro da passagem e comprar um exemplar, ele revela a paixão genuína que o moveu desde o início: a crença no poder transformador da palavra escrita. Fiel à ética e à curiosidade que sempre orientaram seu trabalho, jamais deixou de acreditar que o papel do jornalista permanece essencial: narrar as diferentes realidades que nos cercam.

Walter Schmidt



































